O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o ressarcimento às vítimas da fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja feito com urgência. Para isso, o governo federal avalia alternativas para agilizar o processo, incluindo o bloqueio de bens dos suspeitos envolvidos, sem a necessidade de aguardar o término das ações judiciais contra as associações investigadas.
A investigação teve início após a denúncia de uma aposentada de Feira de Santana, na Bahia, que percebeu um desconto irregular em seu contracheque. Ela acionou o Ministério Público Federal (MPF), o que deu início a uma ampla apuração que agora está sob responsabilidade da Polícia Federal.
Segundo reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, mais de 4 milhões de aposentados e pensionistas foram vítimas do esquema fraudulento, que causou um prejuízo estimado em mais de R$ 6 bilhões. Os valores eram desviados por meio de descontos mensais, que variavam entre R$ 30 e R$ 50, aplicados de forma indevida nos benefícios.
As investigações apontam que associações fantasmas, como a Associação Universo, sediada em Aracaju (SE), e a APDAP PREV, de Nossa Senhora do Socorro (SE), estariam envolvidas no esquema. A fraude se aproveitou de uma brecha legal criada em 2019, quando o INSS passou a permitir descontos automáticos mediante apresentação de um documento assinado pelo beneficiário — muitas dessas assinaturas, segundo a Polícia Federal, foram falsificadas.
O governo pretende responsabilizar os envolvidos e garantir a restituição aos aposentados prejudicados.
Fonte: Radar1 com informações do A Tarde
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