Grande Hotel de Cipó: patrimônio histórico segue abandonado à espera de ação do Estado

 “Pense num absurdo, a Bahia tem precedente.” A frase, atribuída ao ex-governador Octavio Mangabeira, ganha vida em um dos cartões-postais mais icônicos – e esquecidos –da história do nosso estado: o Grande Hotel Caldas de Cipó.

Inaugurado com pompa em junho de 1952 pelo então presidente Getúlio Vargas, o hotel foi projetado para impulsionar o turismo termal em Cipó e compensar o fechamento do cassino do Radium Hotel, seu vizinho. Com mais de 80 quartos, piscinas de águas termais e até estrutura para um cassino, o local representava um futuro promissor para a região. Mas o destino foi outro.

Passadas mais de quatro décadas de abandono, o que resta hoje é um prédio em ruínas, sem registro oficial de propriedade – sim, o hotel simplesmente não tem dono. A ausência de documentação impede qualquer iniciativa concreta de restauração ou uso público. A Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) diz ter interesse no espaço, mas, segundo o prefeito Marquinhos (PSD), “ninguém faz nada e o abandono continua”.

A gestão municipal já manifestou publicamente o desejo de adotar o imóvel para o município, mas a falta de definição e ação por parte do governo estadual trava qualquer avanço. Para o prefeito, a reabertura do hotel, especialmente com a possibilidade da legalização dos jogos de azar no Brasil, seria uma virada histórica para a economia local e para o turismo termal da cidade.

Enquanto o projeto de lei que trata da legalização dos cassinos segue em tramitação no Congresso Nacional, Cipó continua à espera de um resgate que parece cada vez mais distante. O Grande Hotel, hoje, é símbolo de um tempo que ficou para trás — e de um futuro que insiste em não chegar.

Fonte: Radar1 com informações do atardeoficial

Imagens: Reprodução/Internet

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