Os preços globais de alimentos voltaram a subir em abril, de acordo com o Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O índice atingiu 128,3 pontos, registrando uma alta de 1% em relação ao mês anterior. O aumento foi impulsionado principalmente pelos preços mais elevados das carnes, dos produtos lácteos e dos cereais, que compensaram as quedas observadas nos segmentos de açúcar e óleos vegetais.
O setor de cereais teve alta de 1,2%, com aumentos expressivos no trigo, milho e arroz. As causas foram atribuídas a restrições na oferta global e a mudanças em políticas comerciais de grandes produtores. No caso das carnes, o aumento foi de 3,2%, com destaque para a carne suína, impulsionada por uma crescente demanda e oferta limitada. Os lácteos subiram 2,4%, sendo que manteiga e queijo atingiram novos recordes de preço.
Por outro lado, os óleos vegetais registraram queda de 2,3%, pressionados principalmente pela baixa no óleo de palma. No entanto, os óleos de soja e canola apresentaram valorização. O açúcar apresentou a maior queda entre os grupos analisados, com recuo de 3,5%, reflexo da alta produção brasileira e da demanda global mais fraca.
Apesar da elevação no índice, os preços ainda estão 19,9% abaixo do pico registrado em março de 2022, período marcado por grandes instabilidades nos mercados internacionais. A FAO segue monitorando os movimentos globais, avaliando os efeitos econômicos e comerciais sobre os preços dos alimentos.
Fonte: Radar1 com informações do A voz do Campo
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